Vamos enterrar São Chomsky
Sigamos o conselho do ícone progressista: chega de procurar heróis
Não há intelectual com porte e prontuário semelhantes aos de Noam Chomsky desde Bertrand Russell. O boato de sua morte inspirou derramadas homenagens. Felizmente Chomsky vive, saiu do hospital para se tratar em casa, em São Paulo. É um ícone e continuará sendo, ainda que um AVC o tenha paralisado e calado.
Perder alguém como Chomsky convida à idolatria. Com jornalístico espírito de porco, te convido a assumir perspectíva oposta à babação de ovo. Sim, sim, ninguém chega aos tornozelos do gigante, mas vamos falar sobre os pés de barro do monumento?
Na área acadêmica, só crânios podem arriscar opinião. Vamos pela maioria, que reconhece a enorme contribuição do “pai da linguística moderna”, também filósofo e cientista cognitivo. E é consensual a influência de “Manufacturing Consent”.
No debate público é outra conversa. Pelo tom de muitos tweets lacrimosos e obituários precoces, Chomsky é um farol moral, muralha impermeável contra as incertezas. Um Obi-Wan, Salomão, Gandalf, um mago, sábio,…
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