Era fácil rir de Zé Celso. O personagem chegava antes do artista: doidivanas, tagarela, bicha-louca, porra-louca.
Suas maiores contribuições foram nos anos 60 e 70. Quem assistiu o Oficina não esqueceu. Muita gente que entende garante que foi nosso maior criador teatral.
Se não, tá lá no panteão. Tadeu Jungle explica bem neste documentário sobre Zé Celso e o Oficina.
Eu mesmo nunca dei grande bola para Zé Celso. Nasci na década errada. Teatro, quem viu, viu; quem não presenciou jamais saberá o que era. Podia ter visto “Ham-Let” ou o que veio depois.
Mas na boa, quatro horas e sem hora pra acabar? Teatro apertado? Gente pelada? Pra ver o gênio de quarenta anos atrás?
Também nasci (cresci?) com a sensibilidade errada. Não gosto de teatro e sei que não gosto porque não vou. Se gostasse, ia. Encontro hora pra ver cem filmes e não pra assistir uma peça.
Preconceito zero e perda minha. Leio peças cada vez mais, nunca é tarde pra gente mudar. Até a morte, que muda tudo. Até como quem fica vê o…
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