Eduardo Galeano é ilegível e indispensável. “As Veias Abertas da América Latina” é um livro lacrimoso. Dói ler, porque melodramático e porque o tema exige lágrimas. É sobre como fomos colonizados, escravizados, calados, vendidos. Por séculos.
Até hoje? É.
Foi clássico da literatura de oposição dos anos 70 para 80. Li bestificado quando estava no colegial. Nossas elites nos torturaram com requintes de crueldade medieval. Inquisição espanhola perde.
A América Latina permanece colônia. Seguimos subalternos, cumprindo as ordens dos impérios e seus funcionários nativos. Sempre sob o tacão do eterno ajuste fiscal, que só serve para render juros gordos para quem tem o que aplicar, e garantir notas boas das agências de rating, cuja credibilidade é zero. Seguimos índios, bestas de carga.
Pelo menos não é mais “América Latrina”, como dizíamos em 1980, governados como animais por cavalgaduras fardadas. Hoje escolhemos quem nos cavalga. Vivemos menos mal. Não é muito, mas é muita coisa.
Galeano tem su…
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