Se tem uma coisa que eu aprendi na vida é ser editor. E editor sabe que a coisa mais importante do seu trabalho é cortar.
É a mais bela, a mais necessária, a mais excitante coisa a fazer, a razão porque editores estão na Terra: cortar. Selecionar, reduzir, eliminar. Jogar o resto no lixo. Repita, repita, repita.
Cortemos, cortemos cirurgica e brutalmente, sem dó nem piedade, até sobrar só o miscroscópico ínfimo corpúsculo capaz de carregar sentido.
Desbastemos o mato alto, foice nele, para que o horizonte volte a ser visível.
Queimemos as ruínas, taca fogo, para enxergarmos novamente a terra que se esconde abaixo.
Menos, menos, menos. Reduza, reduza, reduza. Corte, corte, corte.
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