“Tár”: Cruella no reino dos cabeças
Por que o fracasso rende aplausos da crítica e prêmios para Cate Blanchett
Intelectual? Elegante? Curte música clássica? Fala empolado? É vilão. Regra imutável de Hollywood. Se tiver sotaque melhor, passa recibo.
Lydia Tár domina à perfeição o alemão. É clara herdeira de Hans Gruber, Alan Rickman chiquetésimo em “Duro de Matar”: outra atualização do oficial nazi de anedota. O pérrrfido corrronel das antigas matinês era efeminado e sádico. Lydia, o espectador é informado logo de início, é lésbica e crudelíssima.
Questiona um aluno seu na própria sala de aula. O jovem é mestiço e bissexual. Usa argumentos identitários para rejeitar Bach. Lydia o tortura verbalmente, humilhação pública.
Logo descobrimos que Lydia usou e usa talento, dinheiro e status para avançar na carreira e para conquistas sexuais. Difícil imaginar crimes mais repulsivos para o público americano de filmes de arte, o nicho almejado pelo escritor e diretor Todd Field. Pior, nem se a infame pelasse dálmatas.
E não há à vista mocinha para peitar a manipuladora maestrina! Na redação de “Vogue” ser…
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