“Sem liberdade de ofender, não há liberdade de expressão”
Nunca a presença e as palavras de Salman Rushdie foram tão necessárias
Que alegria ver Salman Rushdie firme, forte e vitorioso, reaparecendo neste artigo da New Yorker, no Twitter, em todo lugar. Não há símbolo maior da resistência resoluta à intolerância, à censura, à superstição.
Como diz seu amigo Hanif Kureishi, outro valente que você deve seguir, ninguém teria culhão para escrever “Os Versos Satânicos” hoje, muito menos para publicar. Tempos trevosos que só a razão insistente pode iluminar.
Salman sobreviveu ao atentado de um imbecil. Mas o assassino só seguia ordens, de seus líderes e de uma divindade vingativa - como muitas, como todas?
Seu nome sobreviverá enquanto houver amor pela liberdade de expressão. Não terceirizemos para religiosos, políticos, magistrados ou para os tribunais digitais a decisão do que será permitido dizer ou não. Arte é liberdade.
Honremos seu sacrifício, sua disposição, sua presença entre nós; ofendamos.