Você talvez não saiba que Jane Fonda inventou esse troço todo de aeróbica - e de quebra todo esse universo de academia, roupas de academia, paquera na academia, que virou esse megamaster business - por razões políticas.
A grana do Jane Fonda´s Workout ia todo pras iniciativas políticas de Jane e seu marido da época, Tom Hayden, um daqueles Chicago Seven. Livros, vídeos, tudo. Grana inclusive pra eleger políticos alinhados com o casal. Depois deu merda no casório, como é comum dar, e Jane virou mais uma das suas infinitas páginas.
Grande Jane, de estagiária da “Paris Review” ao espaço sideral a Hanoi à aeróbica a Ted Turner a bisavó ativista, sempre desesperada para aparecer, para importar. E aparece e importa.
Hoje toda celebridade (ou pretendente a) vive ou morre dependendo de aparecer e importar. É o negócio. Talvez seja o único negócio que restou. Século 21, invenção de Jane Fonda, confere lá no TikTok.
Baita atriz também. Assiste lá “Julia” com ela e a Vanessa Redgrave. “Klute”. “Descalços no Parque”!
Depois de Jane, o dilúvio.
Lembrei disso tudo vendo o vídeo novo da Pink, que chega atrasadésima na ondinha de new wave de plástico. Putz, uns cinco anos talvez?
Talvez seja o revival do revival do revival. Talvez os revivals agora aconteçam a cada 15 minutos e eu que estou atrasado e Pink tá fazendo hang ten na crista de uma tsunami nichada que será espuma já na terça que vem.
A música parece feita por robôs movidos a Pentium, estilosa feito uma impressora matricial. Inclui a milionésima daquelas letras empoderadazzz pré-programadas que a gente já espera de toda cantora americana em busca do próximo hit.
Mas vi o vídeo duas vezes seguidas e achei que devia te mandar. E aí meu cérebro já estava nos anos 80. Quando a grana mudou tudo. Ei, aqui está o original, o hit da Cyndi Lauper era cover.
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Não existem mais muitos lugares assim por aí.
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