Eu comecei nesta vida de ter o próprio negócio em agosto de 1993 - quase trinta anos. Sou o último sujeito que vai fazer pouco de empreender ou da livre iniciativa.
Fui mais feliz empreendendo, dando a cara pra bater, acertando e errando, do que teria sido trabalhando para os outros. Sem julgamento de valor.
Não me acho melhor que o funcionário que ganha relógio de ouro da firma, se é que ainda existem. Sei que tenho mais em comum com o nigeriano que vende cabinho de celular aqui no terminal de ônibus do que com o Guilherme Benchimol.
Agora esta desgraça de Novo Ensino Médio, que precisa ser revogada ontem, está pipocando de aulas de empreendedorismo. Ótimo, melhor saber e não precisar usar que o contrário. Empreende normalmente quem precisa, e muitos vão precisar.
Só precisa ver se as aulas incluem esses números acima. São do jornal de hoje, mas são a realidade de sempre.
O Brasil é cruel com quase todo mundo e com a pequena empresa, também. Quer empreender, vai nessa, com minha torcida. Mas pense muito, muito bem, não caia em lorotas motivacionais. É difícil pra caramba. E não faça dívida com bancos. Você não vai conseguir pagar. É a contribuição do tio aqui para o futuro dos nossos jovens…