"ou pelo menos arrume uma encrenca fudida"
Íntegra do discurso de Tom Morello. Porque você precisa testemunhar
Um dos meus orgulhos como editor da Bizz foi deixar, no mês que pedi demissão pra meter as caras na minha aventura independente, uma capa com o Rage Against The Machine.
Foi em agosto de 1993. Pedi as contas dia primeiro. Chefe pediu para eu ficar mais um mês pra sair de boa e tal. OK.
A banda era a grande revelação do Lollapalooza daquele ano. Poucos conheciam no Brasil. A edição tinha grande chance de não vender nada. Propus mesmo assim.
Vínhamos de apostas seguras - a anterior tinha sido U2, “Zooropa”, adorei o disco e escrever a matéria. Mas minha cabeça já estava em outra, nas nossas futuras revistas que ainda não tinham nome nem forma, mas já tinham que nascer: “General” e “Herói”.
Só que o Rage Against The Machine precisava ser visto e ouvido.
José Augusto Lemos, meu chefe, não estava feliz com minha debandada. Bancou a capa. Foi minha despedida do expediente em grande estilo. Valeu JAL!
É surreal pensar que trinta anos se foram pela janela.
Tanto quanto imaginar que o RATM está entrando no Rock´n´Roll Hall of Fame. Ou que o discurso de Tom Morello esta semana segue tão relevante quanto três décadas atrás.
Continua urgente a missão de mudar o mundo - ou pelo menos continuar arrumando umas encrencas fudidas.
Assista. E testemunhe.
Eu tenho essa Bizz em algum lugar aqui...
Tom Morello co-criou uma música para a banda Babymetal, André.
Chama-se Metali! e é a música de trabalho mais recente. :D