Releio o que escrevi na morte de Chorão, exatos dez anos atrás, no calor da notícia. Não envelheceu lá tão bem. Acertei mais que errei sobre o que viria na geração seguinte do rock brasileiro.
Quem quiser encontrar personagens similares a Chorão em 2023 precisa procurar em outros cantos. Um tanto nos meninos do funk e, saca lá o festerê marrento e o chororô amoroso, em ídolos do sertanejo tatuado. Boys will be boys, principalmente longe dos olhos da crítica.
O texto abaixo foi incluído no meu livrinho “O Dia em que o Rock Morreu”, lançado no ano seguinte. Hoje talvez eu deixasse de fora. Mas não sou quem era em 2014.
Chorão
Por vinte anos o Charlie Brown Jr. esteve nas FMs, rádios pop, rádios rock, nas tevês e festivais. Alguma coisa eles tinham.
As canções eram rock ligue-os-pontos. Conectavam com muita gente. As letras de Chorão eram toscas e sinceras. Ganhavam ressonância e sentido em sua voz malaca. Diziam: sou só um garoto skatista e destrambelhado, procurando um lar e um amor. E n…
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