O primeiro filme que me eletrizou foi “O Espião Que Me Amava”. Tudo que um garoto de doze anos podia desejar e muito mais. Primeiro amor, primeiro tesão ninguém esquece.
No ano seguinte estrearam “Guerra nas Estrelas” e “Super-Homem”. Eu estava no paraíso, lá no cine Rívoli, cinco quarteirões da minha casa. Não fazia idéia de como nas décadas seguintes meu paraíso cinematográfico ia se estender, alargar, aprofundar, complicar.
E finalmente simplificar. Porque volto sempre à busca daquela sensação elétrica, hormonal, ofegante. E sempre encontro.
Esta semana foi com “Guardiões da Galáxia”, volume 3. Trata com inteligência temas políticos complexos. A imperfeição da democracia versus a perfeita harmonia totalitária; a riqueza da bagunça multicultural; cancelamento contra segundas chances.
Finalmente, é um libelo poderoso contra o Especismo. James Gunn não é vegano. Fez o melhor filme pela liberação dos animais que Peter Singer poderia encomendar. Ganhou até prêmio da tradicional organização PETA.
Nada dessa militância toda se interpõe ao espetáculo. Design alucinante, roteiro redondésimo, trilha vintage, “fan service” à beça. Todas as relações entre os personagens evoluem, se integram. Tem humor de verdade, risco de verdade. Faz a gente soluçar seco com a origem de Rocket Racoon - um guaxinim gerado por computador.
Daqui a pouco tem o próximo, último “Indiana Jones” e “Flash” e “Duna”. E, ei, a DC agora está nas mãos de James Gunn! Obrigado, deuses do cinema.
E em julho tem esse aqui, o meu, o seu, o nosso novo 007. Não tão novo assim, mas substituto que satisfaz o velho vício. É meu filme do ano, todo ano que saiu um. Como sei? Porque depois reassisto, reassisto.
Cinema pra mim é circo. Não procuro inteligência na tela. Se lá estiver, como “Guardiões” tem de sobra, é a cereja do bolo. Me bastam o picadeiro grande e colorido, o palhaço, a equilibrista, o engolidor de fogo. Lá estará o moleque aplaudindo de pé, feliz - minha gratidão empolgada, irrestrita.
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