André Forastieri

Share this post

Avatar de User
André Forastieri
Minhas velhinhas

Minhas velhinhas

Cresci vivendo e aprendendo com senhoras de idade. Foi ótimo

Avatar de André Forastieri
André Forastieri
jul 26, 2024
∙ Pago
22

Share this post

Avatar de User
André Forastieri
Minhas velhinhas
1
Partilhar

Francisca, amor infinito

Cresci paparicado por velhinhas. Ou assim me pareciam, menino. Algumas estariam na casa dos cinquenta, talvez sessenta. 

É poderosa parte da minha infância, as conversas, os aromas, o carinho. Minha mãe pensava muito no bem-estar dos outros. Ligava regularmente para quem morava longe. Fazia umas visitinhas pra quem estava perto e levava o filho único junto.

Essas memórias vão de uns quatro, cinco anos até o início da adolescência, quando tudo muda e fugimos desesperados das obrigações e prazeres da meninice.

As tias Cacilda e Eudóxia moravam em um dos poucos prédios de Piracicaba. As duas viviam com a mãe, minha bisavó Pura, espanhola de Granada, que cheguei a conhecer; pouco lembro dela.

Irmãs solteironas do meu avô Rui, professoras primárias, não podiam ser mais diferentes. Tia Eudóxia era brava, católica fervorosa e sarrista. Tinha uma melhor amiga, Vica, absolutamente submissa a ela, relação homossexual platônica que meu pai psiquiatra deixou clara para mim, m…

Continue a ler com uma experiência gratuita de 7 dias

Subscreva a André Forastieri para continuar a ler este post e obtenha 7 dias de acesso gratuito ao arquivo completo de posts.

Já é um subscritor com subscrição paga? Entrar
© 2025 André Forastieri
Privacidade ∙ Termos ∙ Aviso de cobrança
Comece a escreverObtenha o App
Substack é o lar da grande cultura

Partilhar