Liberdade e justiça na corda bamba
De uma americaníssima ficção ao Dia da Mulher, a negociação possível com as prisões invisíveis
Mártir da revolução permanente e exigente, herege para socialistas de matizes variadas, Rosa Luxemburgo foi “a mais brilhante intelectual marxista”, segundo Christopher Hitchens. Não tenho estofo pra julgar mas voto tranquilo com o mestre, que tinha repertório de sobra e se dizia “luxemburguista”.
Essa era a definição de Hitch para quem exige simultaneamente os máximos de liberdade individual e de justiça social. Como Rosa, que era da Utopia mas também do dia-a-dia, reconheço que é difícil escalar os dois picos ao mesmo tempo. Talvez esticando um cabo entre os dois e se equilibrando equidistante? Missão pra quem encara uma corda bamba.
E você, de quanta liberdade abres mão em troca de segurança? Quanta amolação e injustiça topas engolir para fugir de violações piores? Quanto afrouxas seus princípios por mais estabilidade? Quanto valem seu conforto e sua paz de espírito?
A semana deu bons ganchos pra matutar sobre o tema. Começou com essa reportagem provocativa do amigo Álvaro Pereira Ju…
Continue a ler com uma experiência gratuita de 7 dias
Subscreva a André Forastieri para continuar a ler este post e obtenha 7 dias de acesso gratuito ao arquivo completo de posts.