O Aragonés foi o primeiro cartunista que tive certeza que existia. Ele visitou o Salão de Humor de Piracicaba quando eu era criança, 1975.
Já era mito entre a molecada com seus cartuns e as tiras marginais da MAD, que entronou na minha geração automático desrespeito a autoridades de todos os formatos e latitudes. O que seríamos nós sem a MAD? Uns tontos.
Depois ele seguiu aprontando e encantando com humor e traço só seus. Sergio sacana e inocente, infantil e sofisticado, preciso, terno. Sobretudo engraçado.
Também prolífico paca, na MAD e em todo lugar. Na DC, com seu bárbaro Groo, outro dia em um gibi beneficente pras vítimas na Ucrânia. E segue aí, 86 anos completos hoje, bigodón em dia.
Só um garotinho espanhol cuja família se mandou pro México fugindo da Guerra Civil. Que estudou pantomima com Jodorowsky. E desembarcou em Nova York com 25 anos, inglês de mierda e uma pasta de desenhos no sovaco… e deu sorte de ser apadrinhado por outro hermano, Antonio Prohias, cubano fugido de Fidel, igualmente genial de uma maneira completamente diferente, criador de “Spy x Spy”.
Aragonés encanta também pelo coração. "Todo o tempo estou pensando em novas piadas e então estou me contando essas piadas. Passo o dia rindo. É uma ótima maneira de viver!”
É muito bom viver em um mundo que teve e tem Aragonés. Gracias Maestro!
Sou fã também. E tenho essa coletânea dele, que sempre abro aleatoriamente, dou umas risadas e sigo com meu dia.
Que lindo!!! Aragonés me deu alguns dos melhores e mais risonhos momentos de leitura da vida. O Groo em Pescatel ainda é um dos meus favoritos, do mesmo jeito que eu adorava ficar caçando os desenhos nas margens da MAD. Que bom que ele ainda é um ser produtivo e ainda está pronto para nos fazer rir