Eu sinceramente acho que o cinema vai acabar e disse isso pro convidado do nosso podcast ABFP. É um dos jornalistas de cinema & cultura pop mais conhecidos do país. Daqui uns dias tá no ar e te aviso por aqui.
Vai acabar feito o teatro: vai continuar, mas pra uma quantidade ínfima de interessados. Fora talvez um ou outro fenômeno social que reverbera com uma força que o mero marketing não explica, feito “Barbie”.
Tenho convicção de que quem tá nascendo em 2023 não vai ter saco pra sentar duas horas pra ver um filme. Tirando uns moleques muito fora da curva. Tá toda a juventude consumindo vídeo pra caramba, mas vídeos curtos e com uma linguagem muito diferente da narrativa do cinema.
Tenho certeza que o entretenimento visual tende a ser cada vez mais recombinação rápida na veia / retina / rede. Tesão e horror e riso e ironia e compulsão incontrolável de compartilhar AGORA.
Isso qualquer um faz e fará. Mas “qualquer um” fará mal-feito ou medianamente, ainda que auxiliado por IAs e o diabo.
Ser capaz de fazer é uma coisa. Ser capaz de fazer com excelência, criatividade e (uia!) constância é outro departamento.
Tem gente que faz bem e faz já, pelas margens, o que será o mainstream depois de amanhã.
Como o Shinxanta, quem quer que seja esta entidade, 1770 inscritos. Ele / ela / elo fez vídeos montagens para todas as músicas do último álbum de JPEGMafia e Danny Brown, “Scaring the Hoes”. São todos legais.
Esse junta cenas de filmes e “Akira” e esportes e tal e combinou demais. Para seu deleite, o presente do entretenimento, com legendas: “Burfict”.
Mais uma boa dica do Tomás Forastieri.
Eu achei muito ruim.
Assisti o podcast e entendo o que acontece na sala de aula. Portanto, quando o convidado pergunta o que andam ensinando, é muito simples: você acaba de discorrer sobre determinado assunto e, logo em seguida, o aluno te pergunta algo que que ele acabou de ouvir, como se nunca o tivesse. Ele até se conecta com o que está sendo dito, porém apenas enquanto está sendo dito. Acabou, acabou...