Como garantir uma boa morte (e pagar por ela)
Ricos e pobres, você e eu, as pessoas que amamos: todos merecem um adeus digno como o de Antonio Cícero. “Tempo e Dinheiro”, parte 3
Meu pai me instruiu para que não houvesse prolongamento de sua vida por meios mecânicos. Nem para ele, nem para minha mãe. Nas horas H, tanto um como outro estavam inconscientes.
Filho único, quem teve que bater o martelo fui eu. Oxigênio? Sim, por favor. Cuidados paliativos? Com certeza. Vamos entubar? Não, não vamos.
João Carlos morreu em um dia. Valderez em nove.
Duro demais escolher o momento do último suspiro, seu e dos seus. Queria eu ter tido essa opção com minha mãe. Faço questão de ter quando chegar minha hora.
O ser humano é geneticamente programado a lutar pela vida até o último suspiro. Nossos antepassados fizeram de tudo para sobreviver e nos repassaram o talento e a missão.
Nosso DNA nos predispõe contra o suicídio. Somos todos oriundos de animais que não largaram o osso. Nós, humanos, queremos manter nossos queridos conosco. Tanto que até inventamos essas mitologias sobre a vida que nos aguarda no além.
Acredite você ou não no sobrenatural, morrer é preciso. E para garantir uma boa morte, como para garantir uma boa vida, precisamos falar de dinheiro.
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