Como enfrentar as dores do mundo
Temos uma doença fatal - e precisamos aprender a conviver com ela. "Tempo e Dinheiro", parte 5
“Daqui para frente, todos nós que sentimos que os cidadãos podem ser facilmente levados tanto à beleza quanto à podridão, tanto à verdade quanto às relações públicas, tanto à alegria quanto à amargura, estaremos sofrendo da Doença de Hunter Thompson. Eu não estou doente, esta manhã. Ela vai e vem…”
Você talvez tenha uma amiga querida que compartilha constantemente contigo desgraças diárias. Todos temos próximos assim. Pessoas que sofrem com os acontecimentos e nos fustigam com manchetes dolorosas, artigos assustadores, crimes e crueldades.
Quem sabe você mesmo esteja viciado em notícias revoltantes, das que penetram fundo em nossa pele e nos devoram por dentro, feito bichos geográficos. Não resiste em cutucar a casquinha da angústia. E faz questão de contaminar toda a sua volta com a mesma ansiedade.
É um dos resultados do consumo de jornalismo. Afinal, notícia boa é propaganda. E particularmente comum entre jornalistas. Sem ser exclusividade da categoria, esta doença foi batizada com o nome de um dos grandes da profissão.
Trata-se da Síndrome de Hunter Thompson, identificada pela primeira vez pelo escritor Kurt Vonnegut, em 1972, no seu artigo “A Political Disease” (Uma Doença Política).
É especialmente relevante esses dias - sob a sombra das eleições americanas.
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