Considerando o horror em Israel e Palestina, é hora propícia para ler e reler "Como Curar Um Fanático". Como curar? Principalmente com humor, responde seu autor, o israelense Amos Oz.
Livrinho admirável. Minha edição toda rabiscada é souvenir do museu da Giudecca, o bairro de Veneza onde se originou palavra "gueto". Folheando hoje, parece relíquia de outros tempos, de irrecuperável suavidade. É de 2004.
Oz foi frequentemente beatificado por sua visão humanista. Também levou lambadas de lados vários. Não era santo, não existe isso. Mas jornalista, romancista e professor, argumentava sem viseiras nem medo de desagradar. E viveu a violência de sua região intensamente. Foi um moleque da Intifada. Cresceu garoto judeu tacando pedra nos opressores, na época britânicos.
Dificilmente vais encontrar voz mais ponderada e pragmática sobre o tema do que a de Amos Oz. Defendia a coexistência entre duas nações, uma pra cada povo. Talvez seja a solução menos ruim, a única possível. Não tenho estofo pa…
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