A Barra do Sahy ainda nem enterrou seus mortos. E sofre para alimentar seus vivos.
Horror evitável, se houvesse um sistema decente de alarme. Se houvesse planejamento e investimento em moradia popular. Se o combustível fóssil não recebesse tantos subsídios públicos, recorde em 2022, e assim garantisse tantos lucros.
Se alguém com poder tivesse visto a previsão do tempo que eu vi, pouco depois da meia noite de sábado pra domingo, nesses sites que todo mundo têm acesso. Tivesse visto e tivesse agido.
Se, se, se.
Era tudo previsível. É tudo evitável.
Do poder público esperamos muito nesta hora. Que seja duramente cobrado. Mas a demanda dos refugiados do litoral norte tem pressa.
Ajude quem não tem luz, água, comida, internet. Casa. Trabalho. Quem perdeu amigos. Quem perdeu filho, pai, irmã.
Peço sua ajuda para a Barra do Sahy, o lugar onde passei mais horas felizes nesta vida, paraíso hoje tão triste. Ajude tantas pessoas pobres a atravessar este presente de horror, que não precisa, não pode se estender para sempre.
Mande qualquer valor para o Pix do Instituto Verdescola, o coração da acolhida aos aflitos do litoral, ou deposite nas contas lá de cima. Cada centavo ajuda:
verdescola@verdescola.org.br
Muito obrigado,
André