Barbie, 2123: do fracasso de hoje ao sucesso no futuro
Embrulhada para embrulhar, a boneca fóssil terá uso em eras vindouras
Ignoremos a flácida experiência cinematográfica. Fujamos da política, poça rasa e rosa. Saltitemos pra longe da inegável pertinência para este ou naquele nicho ideológico, geracional ou identitário.
Falemos sobre dinheiro. O custo total de Barbie foi U$ 300 milhões. Precisa faturar três vezes isso pra se pagar. Ainda não chegou a U$ 800 milhões. Dará um lucrinho, ao menos. Talvez um lucrão, aponta em comentário abaixo o amigo Rodrigo Salem, que entende muito mais que eu de cinema e do negócio-cinema.
Se o fracasso estético é fato, dane-se o resultado financeiro, dirá você, e concordaremos. Dinheiro não é tudo. Mas tudo tem explicação e frequentemente é grana. É o único brinquedo com que gente grande não brinca. Muito menos se for americano.
E Barbie é América pura na veia - empoderada e destituída, enricada e empobrecida, sem Classe e, ha, sem classes.
O filme da Barbie será artefato cultural iluminador para arquéologos de eras vindouras. Um colorido powerpoint resumindo o discurso de …
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