Além do Wikileaks, 1993-2010-2024
Assange livre, seguimos vigiados - e mais que nunca. Hora dos jovens se informarem. E trust no one
É o mito fundador do século americano, do mundo contemporâneo: a tecnologia nos libertará. Do trabalho, da distância, do tédio, da doença, da feiura e da morte.
Esta crença vende carro, pasta de dente, botox, seguro de vida, passagem de avião, curso em faculdade. Vende candidatos. Vende carreiras. Vende estilos de vida. Vende o invendável - por exemplo, o novo iPad, que custa no pobre Brasil tão mais que no rico EUA. Chega aqui e não sobra um.
Por quê? Porque o iPad encarna a fé no poder da tecnologia perfeitamente - melhor que qualquer outro artefato, neste 2010 que chega ao fim.
Nos anos 90, o culto à tecnologia ganhou uma heresia. Foi na Califórnia, uma Califórnia em depressão econômica, sem perspectivas, sem dinheiro, sem apoio governamental.
As indústrias de armas - “defense industry”, indústria da defesa, rá! - foram à lona com o final da Guerra Fria.
Um monte de engenheiros dava sopa a custo baixo. Assistiu a Um Dia de Fúria? Michael Douglas, o nerd crânio desempregado que sai atir…
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