

Descubra mais de André Forastieri
Obrigado por me ler. Bem sei quanta ocupação tens. Tentarei fazer bom uso do seu tempo.
Esta nova newsletter / site / artefato é a evolução de “Forasta News”, que enviei semanalmente entre os dezembros de 2018 e 2022. De sete anos do blog “André Forastieri”, entre 2009 e 2017, mais de mil textos lá.
De infinitos posts nas redes sociais, principalmente Twitter e LinkedIn, e grupos de WhatsApp, principalmente Homework. E de toda esta longa história de escrever em público, iniciada no impossivelmente distante setembro de 1988, na Folha.
Se você me lê aqui é porque em algum momento assinou uma das duas newsletters eu enviava: Forasta News ou Homework. Se não quiseres mais receber notícias minhas, é só cancelar. Vai com a benção do amigo. Coisa boa pra ler é que não falta por aí. Volte se e quando quiser, portas sempre abertas, coração de mãe.
Matutei um bocado nos últimos anos sobre me aposentar dessa escrevelança toda. Fechar a boca, já tem vozes à beça por aí. Tanto que na última temporada picareteei legal a Forasta News, republicando frequentemente artigos antigos.
Fantasia: quem sabe só parir um livrinho de vez em quando, como fazem tantos que admiro? Aquelas lombadas variadas na estante com meu nome; “silence, exile and cunning”, como se eu fosse assim um James Joyce.
Realidade: não tenho talento ou dedicação para ser artista. Sou do bate-papo e do bate-pronto. Fiquei um tempo quieto. Mas lá por onde andei, não deu pra ficar.
Como cravou em 1994 a Nina Lemos: “Forasta, gosto muito dos seus artigos, mas gosto mesmo é dos seus bilhetes”. Voltei ao teclado para isso: escrever bilhetes e enfiar em garrafas. Está ouvindo esse barulhinho bom? É o som do mar.
Hoje eu sei: paro de escrever junto com meu coração.
Gosto demais da ação em si, de colocar uma letrinha na frente da outra. Preciso deste movimento dos dedos e olhos e neurônios, provavelmente nesta ordem. Não sinto o tempo passar, enlevo incomparável.
Também gosto de ser lido, quem não? Faz bem pra vaidade, inclusive para mantê-la sob controle.
Resolvi simplificar, concentrar toda minha presença digital em um lugar só. Pesquisei e escolhi o Substack. Dá liberdade para postar em dois minutos uma imagem ou uma canção, aquele trecho do livro ou tweet. Também parece prático para fazer podcast e vídeo. E permite a publicação de tijolaços, que inevitavelmente virão, a la Krazy Kat.
Outro detalhe que anima: no Substack faço parte de uma comunidade de gente que gosta de escrever, e de gente que gosta de ler. Diferente de uma newsletter isolada no éter, como era “Forasta News”, ou buscando o máximo de leitores, como o blog. Depois os posts ficam aqui disponíveis em formato de site, encontráveis.
Também é facinho te recomendar as boas leituras que trombo sempre no Substack. Sempre reconfortante e estimulante estar em boa companhia. Você pode e deve publicar comentários; lerei todos, responderei conforme possível e necessário.
É uma experiência com a plataforma. Vamos ver se curto e curtes. Pode acabar em três meses ou durar uma década.
Também vamos ver como encaixa nos meus dias, sempre repletos de prazeres e afazeres. Tenho um negócio, a Compasso; temos a comunidade Homework; e o podcast ABFP ; e uma família e amigos e firme decisão de vagabundear mais a cada novo dia. Minha ampulheta já tem mais areia na parte de baixo que na de cima, sabe?
No momento a bagaça aqui é totalmente gratuita. Se eu descobrir um equilíbrio elegante entre conteúdo grátis e pago, com uma entrega que recompense bem potenciais apoiadores, farei esta experiência também.
As regras do jogo já sabes. Te trato como exijo ser tratado. Respeito você, não sua opinião. Não gosto de média e não faço. Sigo convicto de que lugar de vaca sagrada é na brasa, também não levo tudo a ferro e fogo. Todo mundo aí adulto e vacinado, espero.
Sobre o que conversaremos?
Sobre transformação pessoal, cultural, profissional, digital, social. Sério, sério mesmo. Sem soluções fáceis e sem complicar mais que o necessário.
Sobre arte em todos os quadrantes, de ontem e hoje, da rastaquera à sublime.
Sobre filosofia no seu sentido mais precioso, que são as fundamentais questiúnculas do cotidiano - amor, idade, dinheiro, comida, que tal?
Sobre política só quando acompanhada da Utopia, sua razão de ser.
Sobre minhas várias obsessões, dos quadrinhos à Crise Climática. E sobre algumas birras pessoais. Pra ficar em duas: superstição e nostalgia.
Seremos inconstantes e ambíguos. Conte com minha sossegada desatenção com os temas candentes do dia. Sente a brisa refrescante? Ela sopra do eterno, não da última novidade.
Escrevo para me e te estimular à reflexão e ação. E escrevo para me achar, porque vira e mexe me sinto feito o Reed Richards da ilustração lá no alto: à deriva no entroncamento do infinito, na confluência pra todo lugar. E você?
Escrevo com pressa que a vida corre. Com serenidade, tudo tranquilo.
Estamos aqui para a distração e o deleite. Espreguicemos, espaireçamos, levinhos, flanando. Sigo meu ídolo, Michel de Montaigne: “a prova mais certeira de sabedoria é o bom humor.”
Voltei porque escrever é o meu lugar.
Agora pra ficar porque aqui é meu lugar
Vida longa ao Forasta Newsletter!
Legal, Forasta! Seus textos fizeram falta.
Gostei do Substack, vou fuçar mais por aqui.
Obrigado.