A tese da coluna abaixo é que o rock é tanto melhor quanto mais gay. Detecto um tom metido a machão no texto, chamando pro pau. Compensava falando grosso meu elogio da, pra usar um termo da época, viadagem?
Pode ser. Não lembro, escrevi isso pra Bizz em 2007. Hoje escrevo com menos testosterona. Biologia é inescapável. Hoje é tudo muito diferente. No pop, algumas coisas continuam bem iguais.
Em 2007 o rock incensado pela crítica era guitarreiro, sujo, “laddish”. Já o rock que fazia sucesso com adolescentes era solenemente desprezado pela crítica. Coisa de menininha, coisa de bichinha.
Tratava-se do emo em todas suas permutações: colorido e sombrio, pra pular e pra chorar trancada no quarto. Do Restart ao My Chemical Romance ao, sejamos inclusivos, Evanescence e Nightwish.
A tensão do rock sempre foi essa. Pra cada Joy Division haverá um Culture Club, felizmente; pros Ramones, Sylvester; pra cada “Ziggy Stardust”, um “Low”. É assim que tem que ser. É com essa gente que passei minha adolesc…
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